quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Setembro

Há um cheiro de flores
Em meu jardim
Poesias, historias que lembradas.
Nunca chegam ao fim
Continuam...
Rompem os muros
Ganham as ruas
O cheiro da primavera invade
Renova-nos
e depois de tanta coisa,
De tanta chuva...
Vemos a doçura da flor
Vencer a dureza do chão

reencontros

Olá como vai você?
Eu que pensava “já me esqueceu”
-Aonde andou você?
Que por mim não passou mais
-Perdi o seu numero
-Roubaram o meu
-Pensei “perdi você”
-Aqui, eu nunca esqueci.
Tantas coisas esqueço
Menos você
Tanta gente online
E eu só quero te ter
-Palavras numa tela mexem comigo
Pela sua foto, seu olhos,
Sorrindo...
Entre frases, emails, trabalhos
Eu, perdido
Em ti, mesmo que tão distante és para mim
Um abrigo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Entre Brincadeirinhas e dancinhas o machismo entrevado em nossa sociedade.

Bom, temos tido há um tempo alguns exemplos de o quanto a ideologia machista reina em nossa sociedade, presenciamos como ela influencia em nossas relações, nossas posições, e muitas vezes nos vimos sendo levados por ela, nos vemos machistas também, eu penso que para nós, homens de esquerda, o zelo deve ser constante, e mesmo quando falhamos a autocrítica deve ser necessária, não para as nossas companheiras, mas para nós mesmos. Perceber o quanto somos machistas deve ser o primeiro passo para mudar esse comportamento.
Quando compactuamos com certos estigmas da sociedade, afirmamos todos os tipos de discriminação existente, concordamos com o extermínio da juventude negra, com a perseguição aos movimentos sociais e com todo tipo de mazela que destrói a nossa sociedade.
Só que pior que ver um homem sendo machista, é ver uma mulher machista ou reproduzindo esta cultura, como no episodio da “professora”, eu penso ser lastimável uma mulher que se formou em educação deixar-se usar assim, nesses casos podemos perceber o quanto é equivocado esse sentido de “liberdade” que existe hoje, é um tipo que serve a interesses financeiros e individualistas e que não contribui em nada para o pensamento critico que os educadores clamam e que falta muita nessa sociedade.
Não quero que pensem que aqui fala uma voz machista ou conservadora, não aqui quem fala é um professor, alguém que se preocupa com os rumos da educação em nosso país, não tenho nada contra o fato dela subir no palco, para mim isso é tão natural, ver a mulher exercitando o direito de usar a sua sexualidade para mim é revolucionário, rompe com os valores machistas que sempre pregaram que as mulheres não deveriam ter uma vida sexual ativa e prazerosa, deveriam servir a seus maridos e filhos.
Ela poderia romper facilmente com esse paradigma não se colocando como vitima, mas como uma mulher livre que tem direito de se mostrar como bem quiser e de ser respeitada como mulher, e ela ao meu ver faz o contrario, vira mercadoria, se vende tão fácil, como se a sua liberdade tivesse preço, como se o seu corpo tivesse preço, ela se troca por algum dinheiro.
Eu que pego matérias que estudam educação, e leio o Freire me pergunto como pessoas que são ligadas a área de educação, que supostamente leram a pedagogia do oprimido, podem ter comportamentos como este? Será que leram mesmo? Essa é a pergunta que fica, qual a discussão de gênero que a área faz? Será ela tão fragmentada assim?
Penso que não, mas é tão chato e triste ver companheiros e companheiras de profissão com esse comportamento, não falo como homem, nem como socialista, mas como professor, hoje penso duas vezes quando falo de gênero na sala, e já penso mais quando algum aluno fala “é isso que elas querem professor! Dinheiro e fama! É isso que elas querem”, será esse mesmo o papel que queremos que a mulher cumpra em nossa sociedade, um simples objeto de desejo e nada mais.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

a verdadeira vitória da direita



A algum tempo tenho visto alguns textos escritos por militantes do PT criticando a nossa postura em frente ao governo, a nossa oposição de esquerda e principalmente a nossa atuação no caso Sarney, disseram que fazíamos o coro da direita e da mídia golpista e que como tanto outros queríamos barrar os avanços do gov. lula, avanços esses que até hoje não tenho noticias.
A ultima é dizer que a saída de marina silva fortalece a direita, e enfraquece a alternativa de lula para 2010, pois bem precisamos ver alem de marina, a saída de outros militantes não tão famosos mais nem por isso menos valorosos mostram que esse tal partido que comanda o país e que se diz de esquerda é quem de fato fortalece a direita em nosso país, a candidata aparece em todas as revistas e meios de comunicação todos os dias muito diferente da direita tradicional que muito pouco é citada.
O partido dos trabalhadores a cada dia que passa fortalece e por que não dizer faz coro junto a direita do nosso país, chama de heróis os usineiros, faz pactos com a igreja católica, persegue os movimentos sociais, não só no governo federal mas em todas as esferas que há um representante deste partido, aqui na Bahia podemos perceber o quanto sofrem os funcionários públicos nas mão de Wagner, o partido se tornou um reino de contradições a partir do seu grande líder que não consegue exercer um papel de liderança na America latina pois não concebe um rompimento com a política neoliberal e neo colonizadora norte americana e européia.
A tristeza e ao mesmo tempo a resignação que tomou conta de alguns companheiros que saíram perduram até hoje dentro daqueles que já não se sentem mais representados por esta organização, é preciso lutar, a historia não termina quando se chega ao poder, ela se finda na vitoria dos excluídos, na liberdade do nosso povo, no respeito a vida, coisas que não foram e nem são priorizadas por esse governo que prioriza os capitalistas e renega os que nada podem, a atuação do governo na crise nos mostra isso, o governo emprestou dinheiro para que as empresas continuassem a terem seus altos lucros e mesmo assim ainda continuaram demitindo e nada fez o lula.
A saída de marina, a crise vivida por Suplicy e Mecardante são os exemplos de vários militantes do PT que vivem em crise ideológica diária, acreditavam de fato nas mudanças, aceitavam os amplos arcos de alianças, os escândalos, as votações nada condizentes com a historia do PT, mas agonizaram nas ultimas semanas com o escândalo Sarney e a postura do governo em frente a essa crise, o governo saiu desta muito enfraquecido, a imagem do partido que já não é boa sai deste episodio pior ainda.
Já não tenho animo para discutir política com quem ainda admite e se orgulha em ser desse partido, é a favor disso tudo ai não merece ser mais ouvido e nem tão pouco credito, aos que tem alguma vontade de mudar o mundo à única saída é o rompimento com este partido, já não cabe mais lutadores dentro do PT, nem tão poucos revolucionários, se alguém continuar dentro desta organização e fizer esse discurso é por puro oportunismo.
A pratica é isso que nos define, e isso define o PT hoje, um partido pautado por um personalismo oportunista, que vem carregado por um projeto que compra votos institucionalmente, que a cada dia se torna um partido distantes das lutas do povo, da realidade do país e da America latina.
O nosso rompimento, a nossa luta, a nossa bandeira não privilegia a direita e nem tão pouco a torna nossa companheira, a nossa força e fé em frente aos problemas nos coloca sempre de um lado oposto aos que eles estão, o que realmente os fortalece são episódios como esse, em que a impunidade, os acordões por cima, a corrupção de todos os setores do governo, ou seja a mesma pratica que eles tem quando estão no poder, pois a vitoria deles nesses casos são ideológicas, o PT não se mostra como opção programática para a direita, para alguns é até visto com bons olhos, se sentem orgulhosos do novo reforço que ganharam para oprimir o nosso povo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O conune e uma esperança


Nesta ultima semana participei do conune (congresso nacional da une) em Brasília, desde o inicio a idéia de participar deste espaço não me encantava dada a experiência do coneb (congresso de entidade de bases) realizado em Salvador, que aconteceu de forma desorganizada e acima de tudo despolitizada, eu esperava que esse novo encontro fosse feito da mesma forma, e de certa maneira foi, notava-se no semblante da organização que majoritariamente era composta pelas forças políticas ligadas ao governo uma falta de vontade em construir um espaço democrático em que se privilegiasse as opiniões diferentes.
Desde a localização dos alojamentos da oposição até a composição das mesas para os debates, podia-se notar a manobra para tornar este encontro como palco para as eleições presidenciais de 2010, colocar como cidade sede do encontro Brasília, uma cidade em que tudo é distante e se locomover é complicado, tendo o frio quase que insuportável para os que saem das regiões mais quentes do país e que foi bravamente suportado até o final, o clima seco que derrubou vários companheiros por desidratação, prejudicando ainda mais a participação de um numero maior de estudantes nas atividades.
A normal e ao mesmo tempo inaceitável falta de estrutura dos alojamentos, o clima festivo que desmobilizava as discussões políticas, o horário dos debates mais importantes que sempre se chocavam, e trazia para nós a difícil tarefa de escolher as prioridades ou os temas centrais para demonstrar a nossa política, em fim uma infinidade de dificuldades, de onde podia vim a esperança desse quadro?
De onde menos se espera, o nosso grupo (contraponto) desde o inicio junto a outros grupos de esquerda, mostrou que neste congresso as coisas seriam diferente, a começar pelo ato em defesa do pretóbras, em que abandonamos quando notamos que aquilo seria mais um palanque para Dilma e lula, no debate sobre a reforma política também tivemos um bom saldo nas nossas intervenções, e junto ao companheiro Luis Araújo( séc. geral do Psol) mostramos que somos diferentes da ala governista, que temos sim um modo de fazer política diferente, e é por esse motivo que não fechamos com esse governo de direita e neo liberal.
A tarde no debate do Ivan sobre a crise mundial, atividade em que colocamos a maioria dos nossos militantes, polarizamos e muitas vezes vencemos o debate sobre qual a opção política a esquerda deveria seguir nestes momentos, muitas vezes nos emocionamos durante a fala do companheiro Ivan, que mostrava a todo as contradições deste governo e deixava ainda mais clara qual a opção de classe que esse fez, e o quanto é baixo o conteúdo programático do PT para o ano de 2010, uma política ligada a figura do lula sem nenhum conteúdo político que rompa com a lógica que vivemos, que me desculpem alguns companheiros pelo termo mais isso sim é populismo, nota-se um rebaixamento das idéias, uma aceitação de tudo, e isso deve ser o mais combatido neste ano que vai entrar, como foi combatido naquele espaço, e não meramente combatido mas também apontando uma outra saída para a crise que vivemos e mostrarmos que ainda somos sim capazes de reverter esse quadro.
A noite em meio a festas marcadas, aos trios elétricos tocando axé e pagode, tivemos a iniciativa juntamente com outros companheiros da esquerda de fazermos a mesa sobre movimento estudantil, é preciso ressaltar que esse foi o debate mais democrático do congresso, todas as teses sentaram para debater, e ali se deu mais um debate sobre qual o nosso papel da une e no movimento estudantil, ficaram claras mais uma vez a posição em que sem encontram as varias correntes no m.e., e como é central o nosso debate sobre uma nova cultura democrática, autônoma e de luta nos fóruns que definem o rumo do movimento.
Caminhávamos juntos a uma saída unificada de todos os setores que componham a oposição de esquerda, tivemos a paciência de conjuntamente buscarmos uma coletividade nas ações e principalmente na plenária final, e buscar uma união para alem da disputa dos cargos da une, sairmos de lá unificados para formar trincheiras nas lutas que iremos enfrentar nas universidades.
Tudo isso que vos contei aqui, para mim tornou este espaço sempre fadado ao desanimo, ao conformismo em um local aonde a esperança desponta como uma flor que brocha do chão de cimento da capital federal, rompendo com todas as forças as condições do tempo, do solo, do clima, da historia que a todo tempo tentam nos contar, a esperança companheiros renasce na simples junção daqueles que são excluídos ou não concordam com aquilo que estar sendo imposto, e insistem em sonhar, pois ao meu ver não há nada mais perigoso para as classes dominantes do que o sonho sonhado junto pelos que lutam por um mundo diferente, liberto de todas as amarras que prendem e matam a nossa juventude.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Se eu calei foi por tristeza, você cala por calar

Se eu calei foi por tristeza, você cala por calar

Vive-se no instituto de letras da UFBA um clima de silêncio, marcado pelo comodismo da comunidade dicente que insiste em não ver a grande injustiça que estão cometendo contra os nossos direitos, ficam calados, parados, movem-se como marionetes a serviços do que cometeram o golpe, é um golpe, foi desferido pelas costas, pelos que contávamos como nossos companheiros, e não sei se esse silêncio é causado por isso, a traição muitas vezes nos coloca diante daquilo que vemos e não queremos acreditar.
O comodismo se arrasta com vários nomes, omissão, alienação, falta de comprometimento, cada um com seu motivo tenta dizer a si mesmo que não há o possa ser feito contra essa situação e diante disso me acometeu um sentimento de tristeza, logo em nosso curso com discussões tão politizadas, que pregam a democratização da gramática e dos métodos de ensino do português, logo lá que vemos a desconstrução das mais diversas teorias na literatura, logo lá que se envaidece tanto de ser um berço de intelectuais.
É TRISTE ver como nossos companheiros agem diante dessas situações, se calaram por calar, o silêncio impregna a tudo, toma conta das nossas canetas, a critica a sociedade já não pode ser mais feita nas provas, agora somos iguais aos que estão fora de lá contribuindo para que ela continue desse jeito, desigual, corrupta e racista, não podemos mais falar de democracia, depois desse fato não, qualquer coisa relacionada a este tema soará falso e eu incrédulo daqueles que falarão, nem pedirei fala, ficarei olhando para perceber neles ares de falsidade.
Depois disso é só esperar pelo triste desfecho deste episodio, entregar algo que foi conquistado assim de mão beijada é muito ruim para a nossa imagem de estudantes conscientes da nossa participação na sociedade, deixar de lutar, de fazer um ato contra a imposição dos professores é um erro histórico e vai ficar para sempre marcado na historia do nosso curso, sempre irão lembrar do dia em que os estudantes se omitiram, e falarão que muito se omitiram não por ser despolitizado, mas por ter concordado com aquilo que estava sendo imposto, pois não existe omissão, o que existe é algo parecido com aproveitamento de um local politicamente respaldado para garantir a permanência das coisas como estão, e é isso que se faz, ao não fazer nada, fazemos tudo a favor dos que nos dominam, calamos os que querem falar, os tornamos tristes por querer dizer e não conseguir

segunda-feira, 25 de maio de 2009

só para pensar em você

eu ando procurando motivos para pensar em você,
ouvindo musicas que me lembrem sua voz, seu falar,
seu pensar,
busco nas cor do mar,as cores dos olhos teus,
procuro a sua foto, e encontro alguem parecido com você,
que não é, eu sei,
mas naquela hora é,
naquele instante eu faço ser,
faço isso tudo para não te esquecer,
te ligo de vez em quando
so para te fazer lembrar
lembrar de mim...
e saber, por um instante crer
Amor, de ti ainda não esqueci
e tudo o que eu quero é nunca mais esquecer

sábado, 4 de abril de 2009

os jovens saudáveis continuam morrendo

Os jovens saudáveis continuam morrendo

Foi assim que leu a noticia de um jornal um senhor que estava sentado à frente de sua casa em um famoso bairro de salvador.
Pensou que era um contra-censo um jovem de tão boa aparência morrer
Perguntou a mulher se alguém poderia vir a morte gozando de tal saúde e ela tristemente respondeu que sim, que poderia sim morrer saudável.
E ele refletiu mais uma vez...
Quantos meninos que eu vi crescer morreram saudáveis?
Quantos?
Eu os vi indo a escola, jogando bola, virando homem, homem, alguns nem a isso chegam
Morrem jovens...
Eu vi quando aquele garoto começou a morrer, ele comentou com a mulher.
Ele ficava fascinado com as roupas de grife estrangeira que via na televisão.
Um dia ele confessou o seu sonho: “estudar e se formar para comprar o que ele quisesse”.
Mas não foi assim, ele teve que largar a escola, começar a trabalhar
O pai ficou desempregado, tinha mais três irmãos, era dever seu ajudar a família, primogênito, estava fadado ao mesmo destino de seu pai, homem bom, honesto porem muito pobre.
Não aceitava aquele destino, queria mais, procurou trabalhar.
Foi à feira, recebia bem como feirante, mas ainda não era suficiente para comprar a tal camisa de 100 reais. Percebeu que na feira nunca ia conseguir o dinheiro, nunca dava,
Era o que ele dizia aos amigos que usavam essas marcas.
Até que um dia veio a proposta: ficar na boca vendendo, 500 reais por semana, ele era bom de conta, os outros sabiam disso, precisavam de alguém daquele jeito para cuidar das finanças do trafico na região.
Muito inteligente, ele logo subiu de cargo, virou um tipo de gerente geral, um chefe, ganhou respeito entre os outros meninos,
Rapaz sempre bom com os moradores da comunidade, nunca agrediu ninguém, nem maltratou.
Ele só queria o dinheiro para comprar a camisa...
Começou a morrer aos poucos, teve que matar um rapaz, pois esse queria lhe matar,
Teve que matar outro por cobrança,
a lei nesses locais é sempre cruel, desumana, a sentença é sempre a morte.
Sabia que matando assim, sua hora não tardaria.
E isso o fez mudar, mudar o jeito de andar,
deixar de andar, de sorrir, de amar
quem olhava para ele via um anuncio de morte
diziam que ele não passaria o próximo natal com a família
falavam tantas coisas dele...
no dia do acontecido, eu me lembro bem, o algoz passou por mim já puxando a arma
ele viu, tentou correr, não conseguiu
foi almejado junto ao coração.
Coração que naquela hora batia pela mãe que recebeu a noticia amparada pelo pai que repetia a todo momento “ eu já esperava, quando se entra nessa vida não há outra saída”
E pelo filho que deixava nos braços da mãe que
Agora chora ajoelhada perto do corpo estirado no chão.
Esse mundo ta perdido, os jovens pensam que a felicidade é um produto que pode ser comprado e se esquecem que os momentos mais felizes são aqueles que a única riqueza que carregam são a simplicidade dos sentimentos verdadeiros.
Como podemos aceitar isso, ele queria estudar, quantos estudariam se tivessem chances
O nosso governo não mata só com a policia, mais também com todos os órgãos, todos matam um pouco, a educação que é negada, a saúde dificultada, o emprego que não existe,
A policia só vem para confirmar uma tese que pelo próprio estado foi criado,: jovem negro é para matar, não importa o que ele é, ou o que levou ele a cometer tais atos, a ordem é matar.
Ao terminar a sua reflexão chegou a noticia mais um jovem saudável morreu.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

carnaval: a síntese perfeita da nossa sociedade

Embora a nossa festa pareça ser democrática, como de fato é, porem ela demonstra toda a desigualdade existente.
Percebemos que as contradições aparecem radicalmente expostas tendo como fator
Principal uma simples corda, ela divide as classes sociais de maneira antagônica e
Desmascara toda uma realidade que a nossa imprensa tenta a todo tempo fazer verdadeira.
A corda revela o nosso complexo sistema político, que assim como ela, sempre foi levado nas costas por aqueles que menos tem, e por uma triste ironia, assim como nos dias atuais aqueles que a carregam também são maus remunerados.
O carnaval, é uma festa da burguesia, que é feita simplesmente para atender os desejos dessa classe, o povo do seu lado tenta fazer desta festa algo que também seja seu, leva para as ruas sua riqueza, sua cultura e fazer desta ocasião mais um palco, um megafone que fará os governantes ouvirem seus clamores.
Temos por fim a ação eficaz do estado, que tenta a todo custo manter estagnada.
Essa divisão, a falta de investimentos nos blocos afros e independentes, o aumento no numero de camarotes, e por isso também o espaço cada vez menor para aqueles que não podem pagar para sair em algum bloco.
Todos esses argumentos nos levam a pensar na nossa sociedade, nos lugares dos grandes camarotes, os grandes projetos imobiliários que trazem tudo que podem oferecer já dentro do seu complexo, ou seja, separa a sociedade por muros, divide em quem pode pagar por uma segurança boa e bem equipada e por quem vive a mercê da ação racista do estado, que nesse carnaval só revistava os negros, como se só eles roubassem, não pensaram que nos grandes blocos, onde raramente negros saem, também houve grandes números de furtos, e pensam que só os negros brigam.
Pensar que só uma parte da sociedade é capaz de cometer atos violentos é um pensamento que vira a pratica nos dias de carnaval, não há respeito para aqueles que trabalham, as condições dada pelo estado são mínimas, ou quase inexistente.
Ver-se ai a preferência dos governantes que dão as camarotes, que tiveram toda a infra-estrutura para trabalhar.
A igualdade tantas vezes aclamada como marca forte da nossa festa, nunca será alcançada de fato, se não existir igualdade de condições para todos independentes de estar fantasiado com as roupas de um grande bloco ou não, independente da cor.
O carnaval deve ser, assim como a sociedade que queremos, um lugar justo
Aonde todos tenham iguais direitos e sejam vistos igualmente, e não essa farsa de um lugar que todos tem direito, mas poucos são de fatos respeitados.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

por do sol em tricolor

alguma coisa estar acontecendo nessa cidade
o céu anda mais azul
as rosas de uma hora para outra resolveram ficar vermelhas
a areia resolveu usar o mar e ficou mais branca ainda

alguma coisa acontece
a tristeza tão peversa
que nunca ia embora
parece por algum momento diminuir
o sorriso por muito tempo tão disperso
aparece mais constante
a esperança que parecia haver sumido para muitos
volta com a sua força rejuvenecida
é que o grande amor dividido por muitos nessa cidade
voltou
voltou com ele a felicidade
o orgulho de ser desta terra
de ser lutador
de torcer para um time,que assim como a grande maioria de sua torcida,
não desiste nunca.

vencer um classico, foi bom,
mas nada se compara a festa que a torcida do bahia
propocionou aqueles que estavam lá
até a torcida rival parou para ver
que durante o por do sol
invejoso, o céu juntou a sol e um pouco de nuvens
fez o sol avermelhar uma parte das nuvens
juntou-se a eles, tornaram-se azul, vermelho e branco
só para sentir um pouco da emoção que estavam a presenciar
e viram que só o amor pode criar aquela beleza que eles estavam
a adimirar

agora todas as tardes quando o bahia jogar
podem olhar para o céu
e ver
o quanto bonito é
ver o céu e o sol se renderem
e se juntarem
para serem tricolores também
danilo
o céu ta azul, mas ta chovendo
a torcida canta mesmo quando o time estar perdendo
os jovens saudaveis continuam morrendo

o céu ta azul, mas faz frio
e mesmo aconpanhados, nos sentimos sozinhos
e mesmo cheios de coisas, nos sentimos vazios
e até quando chegamos cedo, nos sentimos tardios

danilo

o eça

Estamos perdidos há muito tempo. O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram.A classe média se abate progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos abandonados a uma rotina dormente. O estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Por toda a parte se diz: o país está perdido!... Algum opositor do atual governo?... Não!Este texto se refere a Portugal. Foi escrito por Eça de Queirós, em 1871.

ler e escrever

a leitura sempre foi vista como algo que nos leva desse mundo, que nos faz viajar
pois bem , ela serve para isso mesmo,
para nos levar embora, nos faz voar
sentimos emoções indescritiveis
e que nunca pensavamos em sentir
naquele momento em que estavamos simplismente lendo
a leitura é tão importante nas nossas vidas
tão quanto a alimentação natural e tão nescessaria
ela nos faz pensar
mas pensar só já não vale nada
se não colocarmos aquilo que pensamos em pratica
se a leitura nos leva, a escrita nos traz
e nos coloca em contato com o mundo
já não somos mais os mesmos e precisamos
falar para todo mundo o que agora somos
as mudanças forjadas pela leitura serão
a principal ferramenta das novas ideias
que serão lançadas no papel
no entanto, é nescessario escrever
é nescessario falar o que se pensa sem medo de ferir
a alguem, de ir contra os interesses pessoais e mesquinhos
que regem a nossa sociedade.
a leitura que nos liberta é o primeiro passo para a escrita
que irá ajudar a libertar os outros corações.

danilo