sábado, 26 de setembro de 2009

Entre Brincadeirinhas e dancinhas o machismo entrevado em nossa sociedade.

Bom, temos tido há um tempo alguns exemplos de o quanto a ideologia machista reina em nossa sociedade, presenciamos como ela influencia em nossas relações, nossas posições, e muitas vezes nos vimos sendo levados por ela, nos vemos machistas também, eu penso que para nós, homens de esquerda, o zelo deve ser constante, e mesmo quando falhamos a autocrítica deve ser necessária, não para as nossas companheiras, mas para nós mesmos. Perceber o quanto somos machistas deve ser o primeiro passo para mudar esse comportamento.
Quando compactuamos com certos estigmas da sociedade, afirmamos todos os tipos de discriminação existente, concordamos com o extermínio da juventude negra, com a perseguição aos movimentos sociais e com todo tipo de mazela que destrói a nossa sociedade.
Só que pior que ver um homem sendo machista, é ver uma mulher machista ou reproduzindo esta cultura, como no episodio da “professora”, eu penso ser lastimável uma mulher que se formou em educação deixar-se usar assim, nesses casos podemos perceber o quanto é equivocado esse sentido de “liberdade” que existe hoje, é um tipo que serve a interesses financeiros e individualistas e que não contribui em nada para o pensamento critico que os educadores clamam e que falta muita nessa sociedade.
Não quero que pensem que aqui fala uma voz machista ou conservadora, não aqui quem fala é um professor, alguém que se preocupa com os rumos da educação em nosso país, não tenho nada contra o fato dela subir no palco, para mim isso é tão natural, ver a mulher exercitando o direito de usar a sua sexualidade para mim é revolucionário, rompe com os valores machistas que sempre pregaram que as mulheres não deveriam ter uma vida sexual ativa e prazerosa, deveriam servir a seus maridos e filhos.
Ela poderia romper facilmente com esse paradigma não se colocando como vitima, mas como uma mulher livre que tem direito de se mostrar como bem quiser e de ser respeitada como mulher, e ela ao meu ver faz o contrario, vira mercadoria, se vende tão fácil, como se a sua liberdade tivesse preço, como se o seu corpo tivesse preço, ela se troca por algum dinheiro.
Eu que pego matérias que estudam educação, e leio o Freire me pergunto como pessoas que são ligadas a área de educação, que supostamente leram a pedagogia do oprimido, podem ter comportamentos como este? Será que leram mesmo? Essa é a pergunta que fica, qual a discussão de gênero que a área faz? Será ela tão fragmentada assim?
Penso que não, mas é tão chato e triste ver companheiros e companheiras de profissão com esse comportamento, não falo como homem, nem como socialista, mas como professor, hoje penso duas vezes quando falo de gênero na sala, e já penso mais quando algum aluno fala “é isso que elas querem professor! Dinheiro e fama! É isso que elas querem”, será esse mesmo o papel que queremos que a mulher cumpra em nossa sociedade, um simples objeto de desejo e nada mais.

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