quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Setembro

Há um cheiro de flores
Em meu jardim
Poesias, historias que lembradas.
Nunca chegam ao fim
Continuam...
Rompem os muros
Ganham as ruas
O cheiro da primavera invade
Renova-nos
e depois de tanta coisa,
De tanta chuva...
Vemos a doçura da flor
Vencer a dureza do chão

reencontros

Olá como vai você?
Eu que pensava “já me esqueceu”
-Aonde andou você?
Que por mim não passou mais
-Perdi o seu numero
-Roubaram o meu
-Pensei “perdi você”
-Aqui, eu nunca esqueci.
Tantas coisas esqueço
Menos você
Tanta gente online
E eu só quero te ter
-Palavras numa tela mexem comigo
Pela sua foto, seu olhos,
Sorrindo...
Entre frases, emails, trabalhos
Eu, perdido
Em ti, mesmo que tão distante és para mim
Um abrigo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Entre Brincadeirinhas e dancinhas o machismo entrevado em nossa sociedade.

Bom, temos tido há um tempo alguns exemplos de o quanto a ideologia machista reina em nossa sociedade, presenciamos como ela influencia em nossas relações, nossas posições, e muitas vezes nos vimos sendo levados por ela, nos vemos machistas também, eu penso que para nós, homens de esquerda, o zelo deve ser constante, e mesmo quando falhamos a autocrítica deve ser necessária, não para as nossas companheiras, mas para nós mesmos. Perceber o quanto somos machistas deve ser o primeiro passo para mudar esse comportamento.
Quando compactuamos com certos estigmas da sociedade, afirmamos todos os tipos de discriminação existente, concordamos com o extermínio da juventude negra, com a perseguição aos movimentos sociais e com todo tipo de mazela que destrói a nossa sociedade.
Só que pior que ver um homem sendo machista, é ver uma mulher machista ou reproduzindo esta cultura, como no episodio da “professora”, eu penso ser lastimável uma mulher que se formou em educação deixar-se usar assim, nesses casos podemos perceber o quanto é equivocado esse sentido de “liberdade” que existe hoje, é um tipo que serve a interesses financeiros e individualistas e que não contribui em nada para o pensamento critico que os educadores clamam e que falta muita nessa sociedade.
Não quero que pensem que aqui fala uma voz machista ou conservadora, não aqui quem fala é um professor, alguém que se preocupa com os rumos da educação em nosso país, não tenho nada contra o fato dela subir no palco, para mim isso é tão natural, ver a mulher exercitando o direito de usar a sua sexualidade para mim é revolucionário, rompe com os valores machistas que sempre pregaram que as mulheres não deveriam ter uma vida sexual ativa e prazerosa, deveriam servir a seus maridos e filhos.
Ela poderia romper facilmente com esse paradigma não se colocando como vitima, mas como uma mulher livre que tem direito de se mostrar como bem quiser e de ser respeitada como mulher, e ela ao meu ver faz o contrario, vira mercadoria, se vende tão fácil, como se a sua liberdade tivesse preço, como se o seu corpo tivesse preço, ela se troca por algum dinheiro.
Eu que pego matérias que estudam educação, e leio o Freire me pergunto como pessoas que são ligadas a área de educação, que supostamente leram a pedagogia do oprimido, podem ter comportamentos como este? Será que leram mesmo? Essa é a pergunta que fica, qual a discussão de gênero que a área faz? Será ela tão fragmentada assim?
Penso que não, mas é tão chato e triste ver companheiros e companheiras de profissão com esse comportamento, não falo como homem, nem como socialista, mas como professor, hoje penso duas vezes quando falo de gênero na sala, e já penso mais quando algum aluno fala “é isso que elas querem professor! Dinheiro e fama! É isso que elas querem”, será esse mesmo o papel que queremos que a mulher cumpra em nossa sociedade, um simples objeto de desejo e nada mais.